sábado, 20 de agosto de 2011

_Reflexos

Algumas coisas parecem que não vão nunca mudar. E até eu identificar se isso é bom ou não, leva tempo.
O que não deveria mudar nunca, as vezes muda, some, acaba. E ficamos assim, sozinhos, abandonados, órfãos; de momentos, de pessoas, de lugares, de bandas, de sentido.
Estou feliz, embora cada vez mais confuso.
Estou vivo. Me sinto grato.
Estou com as mesmas convicções, porém aperfeiçoadas, e com o passar dos dias isso é a única coisa que me mantêm vivo de verdade.
Estou tendo novas experiências com coisas antigas. Como um problema de memória, estou vivendo pela segunda vez a mesma emoção, tendo agora o outro lado da moeda pra descobrir, analisando uma outra verdade, pra saber até que ponto ela é verdadeira.
Um mesmo Deus, com uma outra maneira de adoração.
Sinto muita falta de algumas pessoas na minha vida.
Queria voltar a ser criança/adolescente. Descobri que eu tinha muito mais amigos naquela época, pois a minha interpretação de amizade era menos exigente, mais iludida. Meus 'amigos' todos se foram, e eu estou a ponto de enlouquecer, como uma vez prometi a mim mesmo. Previsível...
Mais do que viver o passado novamente, eu queria encontrar um futuro aonde eu me encaixasse, porque, sinceramente, este mundo não parece estar disposto a permitir minha adaptação. Tudo soa estranho, e eu vou levando isso com uma máscara por dia, que não me faz mal, pois toda vez que estou sozinho eu a tiro, e posso, através da música e da poesia, ser sincero comigo mesmo.
Não são queixas, ou talvez se trate apenas disso.
Apenas não quero ter os sentimentos aflorados por injeções de nostalgia, pois o que me espera é muito melhor do que o que passou.
Só espero que o futuro não demore muito pra se tornar presente...

Por Jefferson Almeida

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